Religiões



Meninos de Deus


O movimento começou na década de 60, nos EUA, com o líder David Brandt Berg, evangelista nascido em Oakland, Califórnia, em 1919. Em 1969, David voltou seu olhar para os jovens hippies e, para atraí-los, lançou mão dos seguintes elementos: rock, café e sanduíches gratuitos. Então, surgiu uma comunidade bem ao estilo das comunidades alternativas da época. A princípio, intitulou-se Moisés Davi, ou simplesmente MO, nome derivado de uma suposta profecia.

Ao organizar uma complicada hierarquia, o grupo cresceu vertiginosamente depois de alguns anos, passando a agregar, principalmente, pessoas que tinham abandonado suas famílias e lares e estavam vivendo nas ruas.

Não demorou muito e David Berg passou a escrever cartas, por meio das quais começou a doutrinar seus seguidores com ensinos distorcidos tanto teologicamente quanto moralmente. Ensinava o ocultismo, a reencarnação e a permissividade sexual, além de dizer que era o único profeta dos últimos tempos, que os Meninos de Deus formavam a Igreja remanescente dos últimos dias e de incentivar o uso da blasfêmia, da vulgaridade, da profanação e da pornografia para alcançar novos adeptos.

O movimento usa apenas alguns trechos escolhidos da Bíblia, pois as cartas de Moisés Davi são a sua verdadeira literatura. As pessoas que se associam ao grupo passam por uma intensa lavagem cerebral, efetuada por meio de privações e doutrinação prolongada e freqüente.

Pregam o fim do mundo para 1993, cálculo feito mediante distorções de alguns textos do Apocalipse, livro predileto da seita. São favoráveis à prática do amor, não em seu sentido bíblico, mas, sim, erótico. Não apresentam um posicionamento teológico quanto à pessoa de Jesus. São contra a família nos moldes atuais, contra o Estado e contra todas as igrejas.

Hoje, o movimento encontra-se em franca decadência, uma vez que o contexto cultural que o sustentava foi desfeito.

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