Sem dúvida, o Natal é a data mais festejada do cristianismo. Nem mesmo os ateus conseguem fugir do Natal. De uma maneira ou de outra, são confrontados com essa festa. Mas até que ponto conseguimos realmente compreender o significado do Natal?
Em pensamentos, sempre nos lembramos da estrebaria e da criança na manjedoura. Mas esse é apenas um dos fragmentos visíveis do que aconteceu naquela ocasião. O Natal é muito mais. Ele é a primeira ligação entre o céu e a terra. Trata-se de um encontro da glória invisível de Deus com a nossa existência humana. O eterno e poderoso Deus, uma personalidade que não pode ser compreendida pelo nosso raciocínio, um poder que não pode ser expresso em palavras, enviou o seu Filho Jesus para a terra. Cristo, o Filho de Deus, teve de tornar-se homem!
Certamente, Deus poderia ter agido de outra maneira. Ele poderia ter dado uma aparência sobre-humana a seu Filho, como a um anjo, ao enviá-lo à terra. Mas assim Jesus não teria se tornado homem. E seria, também, sempre visto somente como um ser sobrenatural.
Jesus tornou-se homem. Ele começou a vida como todos nós: nasceu em um mundo perdido. Ele não teve nenhum lar seguro, pois pobreza, inquietação e fuga caracterizaram os primeiros dias de sua vida. Com Ele aconteceu exatamente o mesmo que ocorre a milhões de pessoas em nossos dias. Jesus foi homem como nós. Esta é a verdade sóbria do Natal. Mas a mensagem do Natal é o esplendor da glória de Deus que paira sobre todos esses acontecimentos. Embora Jesus tivesse se tornado homem, sua verdadeira glória não pôde permanecer oculta. Até os magos do longínquo Oriente reconheceram: lá em Belém nasceu alguém que é mais do que um simples homem!. Então o procuraram e tiveram um encontro com Jesus. O Natal é o convite de Deus a nós, seres humanos: “Venham, vejam meu Filho!”. O verdadeiro encontro com Jesus, o verdadeiro Natal, também fez que os magos do Oriente mudassem seus planos de viagem: "Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2.12). O encontro com Jesus protegeu-os de um novo encontro com o seu adversário.
O Natal também é uma ordem de Deus a nós: “Siga por outro caminho!”. O grande perigo em relação ao Natal está na tradição exterior. Brilho de luzes e cânticos de Natal não fazem o Natal. Ele somente torna-se uma festa verdadeira se encontrarmos Jesus de verdade e se, por meio disso, ocorrer uma mudança no rumo da nossa vida. O encontro com Jesus abre os nossos ouvidos interiores para a exigência do Altíssimo: “Siga por outro caminho!”. Estamos dispostos a obedecer ao que Deus nos ordena?
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